Após quatro anos do descobrimento do Brasil por Pedro Álvares Cabral,
em 1504, quando esteve em Barra Velha o francês Binot Paumier de
Gonneville, em sua nau LÉxpoir, explorando essa região acompanhado
pelo cacique Arosca, anotou em seu diário que partindo da baía de São
Francisco rumo ao Sul, encontrou uma barra que recebia água de dois
rios e que explorada, levava a um rio maior que descia do interior e
uma lagoa muito conhecida pelo índio da região. Permaneceram na região
norte do litoral catarinense, em torno de seis meses, onde ficaram
recuperando a embarcação. Os índios carijós, que habitavam essa
região, e que permaneceram em contato com os franceses, conquistarão
uma convivência amistosa.
Todos os documentos antigos que se referem a este lugar citam o nome
de Barra Velha do Itapocú. O Rio Itapocú desembocava na lagoa e estava
ligado ao Rio Cancela e sua desembocadura era junto às pedras do
costão, formando uma barra de boa profundidade, e que com o tempo,
motivado pela ação dos ventos na areia, foi-se assoreando até fechar
completamente. O mar foi depositando sempre mais areia na frente da
foz desse rio, sem que a água dele tivesse força bastante para remeter
essa areia novamente ao mar. Assim, pouco a pouco, fechando a foz ou
barra, deu origem a uma grande inundação de toda a região, muito
comentada pelos índios, e que provocou a abertura de uma barra no
local da atual Boca da Barra.
Assim, foi se inutilizando o porto de navios de grande porte, e essa
barra ficou velha, ou “Barra Velha” do itapocú. No decorrer dos
tempos, “Barra Velha” teve os mais diversos nomes: Tabuleiro de Barra
Velha, Bairro de Barra Velha, Freguesia de São Pedro de Alcântara de
Barra Velha, Freguesia de Nossa Senhora da Conceição de Barra Velha,
Itapocú de Barra Velha.
Lagoa de Barra Velha
Capela Senhor Bom Jesus - Itajuba - Barra Velha - SC
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